YouTube vai remover todos vídeos relacionados com desinformação sobre vacinas

O YouTube vai passar a remover, a partir desta quarta-feira, “conteúdos nocivos” relacionados com várias vacinas (não só a da covid-19) da plataforma. Numa publicação no seu blog, o YouTube diz que vai passar a eliminar vídeos com “alegações falsas de que as vacinas aprovadas são perigosas, causam danos crónicos à saúde e não reduzem as hipóteses de transmitir/contrair doenças ou conteúdos com desinformação sobre as substâncias contidas nesses imunizantes”. 

“Isto inclui conteúdos com informações falsas, que dizem que as vacinas aprovadas causam autismo, cancro ou infertilidade ou que as substâncias presentes nas vacinas podem localizar quem as tomou. Além das imunizações que já são parte da rotina (como a do sarampo e da hepatite B), as nossas políticas também se aplicam a declarações gerais sobre vacinas”, diz a plataforma no comunicado.

A pandemia do novo coronavírus proporcionou a criação destas novas políticas com a colaboração de médicos experientes e “organizações e especialistas da área da saúde de vários países”. Desde Outubro de 2020, o YouTube diz que já removeu mais de 130 mil vídeos que violavam “as políticas sobre a vacina da covid-19”. “Também recomendamos conteúdos com informações de alta qualidade para as pessoas que pesquisam por algo relacionado com o coronavírus. Além disso, lançamos painéis com informações traduzidas sobre a vacina que foram vistos biliões de vezes”.

De acordo com o YouTube, as novas diretrizes levam em consideração informações aprovadas e confirmadas por autoridades de saúde locais e também pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

📷 YouTube vai remover todos vídeos relacionados com desinformação sobre vacinas | Exame

A plataforma ressaltou que já proíbe desinformação médica há algum tempo e que já atuou anteriormente para remover vídeos de pessoas que diziam que beber terebintina (líquido obtido por destilação de resina de coníferas) cura doenças, por exemplo.

Além disso, a partir do trabalho em conjunto com especialistas de saúde, foi elaborado um manual com 10 regras em torno que definia o que era desinformação sobre covid-19. Baseado nestas diretrizes, cerca de 130 mil vídeos já foram removidos por divulgarem fake news sobre a pandemia.

Apesar das novas diretrizes, o YouTube disse que há exceções. A plataforma defendeu que continua comprometida com o compromisso de ser um ambiente “aberto” e com várias opiniões discordantes.

“Dada a importância da discussão pública e do debate para o processo científico, continuaremos permitindo conteúdo sobre políticas de vacinas, novos ensaios de vacinas e sucessos ou fracassos históricos de vacinas no YouTube. Testemunhos pessoais relacionados a vacinas também serão permitidos, desde que o vídeo não viole outras Diretrizes da comunidade ou o canal não mostre um padrão de promoção de hesitação à vacina”, diz outro trecho do comunicado.

Veja mais conteúdos relacionados em nossa categoria tecnologia.

Fonte: Público, TecMundo.

Comente o que você achou desse post.