Sete em cada dez empresas no Brasil utilizam tecnologias digitais
Sete em cada dez empresas no Brasil utilizam de tecnologias digitais diversas. O resultado está na Sondagem Especial Indústria 4.0: Cinco Anos Depois, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Há cinco anos, o índice estava pouco abaixo da metade (48%).
A pesquisa considerou 18 tipos de tecnologias digitais, como automação digital (com e sem sensores), sistemas integrados para fabricação de produtos, impressão 3D, produção com auxílio de inteligência artificial e análises de modelos virtuais para projetos.
Entram também no rol de soluções técnicas avaliadas pela CNI controle remoto de processos de produção, aplicações de inteligência artificial nas fábricas, robôs colaborativos, dispositivos “vestíveis” utilizados por trabalhadores (como relógios inteligentes) e coleta e análise de grandes quantidades de dados (também chamadas de Big Data, no termo em inglês).
Segundo o levantamento, apesar do índice de 69%, “a maioria das empresas utiliza uma baixa quantidade de tecnologias digitais, indicando que se encontram em uma fase inicial do processo de digitalização”. Entre as empresas que adotam tecnologias digitais, 26% utilizam de 1 a 3; 22% de 4 a 6; 14% de 7 a 9 e 7% mais de 10 inovações listadas.
Os setores com mais itens inseridos no processo produtivo são aqueles mais imersos em tecnologia, como o setor automotivo. Nele, vêm sendo empregadas tecnologias na linha de produção, como uso de sensores e controles automatizados dos processos. Entretanto, o estudo indica que tecnologias de ponta, como soluções em inteligência artificial, ainda são alternativas pouco frequentes para as firmas brasileiras.
Alto custo e falta de mão de obra qualificada são as principais barreiras
O elevado investimento necessário para a implementação de novas tecnologias é o principal obstáculo para as empresas iniciarem e expandirem o processo de digitalização. Assim como em 2016, 66% ainda considerem essa a maior barreira interna. Veja os entraves citados na pesquisa:
- Estrutura e cultura da empresa: 26%
- Falta de clareza na definição do retorno sobre o investimento: 25%
- Falta de conhecimento técnico sobre as tecnologias digitais: 25%
- Dificuldade para integrar novas tecnologias e softwares: 18%
- Infraestrutura de TI inapropriada: 14%
- Tempo de implementação elevado: 13%
- Risco para a segurança da informação: 6%
Externamente, o maior entrave é a falta de mão de obra qualificada (37%), percentual que cresceu em relação a 2016, quando era de 30%. Confira outras dificuldades citadas:

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- Dificuldade para identificar tecnologias e parceiros: 33%
- O mercado ainda não está preparado (clientes e fornecedores): 29%
- Ausência de linhas de financiamento apropriadas: 20%
- Infraestrutura de telecomunicações do país insuficiente: 19%
- Falta de normalização técnica: 9%
- Falta de regulação / regulação inadequada: 6%
Benefícios da digitalização
Para 72% o aumento da produtividade é a principal vantagem da adoção de novas tecnologias; 61% constataram uma melhora da qualidade dos produtos; 60%, redução dos custos operacionais.
As empresas consultadas também citaram o avanço no processo de tomada de decisão (49%), aumento da segurança do trabalhador (38%), crescimento da eficiência energética (22%), desenvolvimento de produtos ou serviços mais customizados (15%), redução dos impactos ambientais (15%) e queda no tempo de lançamento de produtos 12%.
Obstáculos
Entre os principais obstáculos internos relatados por gestores para a implementação de tecnologias digitais estão os altos custos de implementação (66%), estrutura e cultura da empresa (26%), falta de clareza sobre o retorno de investimento (25%), falta de conhecimento técnico (25%) e dificuldade para integrar novas tecnologias e softwares.
Já quanto às barreiras externas identificadas pelos representantes das firmas, estão: a falta de trabalhadores qualificados (37%), dificuldade para identificar tecnologias e parceiros (33%), clientes e fornecedores ainda não preparados (29%) e ausência de linhas de financiamento apropriadas (20%).
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Fonte: Notícias R7, Agência Brasil.
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