Reino Unido vai investigar compra do GIPHY pelo Facebook por questões antitrustes
A compra do GIPHY pelo Facebook vem gerando uma onda de mal-estar no mercado de redes sociais desde seu anúncio no mês passado. Maior plataforma provedora de GIFs, o GIPHY em tese teria acesso a inúmeros serviços fora do ecossistema de produtos do Facebook e isso obviamente fez algumas empresas perceberem o risco da violação de privacidade de seus dados – incluindo o Zoom, que cortou temporariamente a integração com o recurso para verificar todos os pormenores.
Mas o negócio também despertou preocupação na Autoridade de Competição e Mercados (CMA), principal órgão regulador do meio no Reino Unido e que nesta sexta (12) iniciou uma investigação formal para decidir se a aquisição rompe ou não questões relacionadas a práticas antitruste. De acordo com o documento liberado pela entidade, o processo espera determinar se “a criação desta situação pode resultar na diminuição de competição dentro de qualquer mercado ou mercados no Reino Unido para bens e serviços” ao ver a maior rede social hoje comprar aquela que é também a maior plataforma de GIFs.
O CMA descobriu que a Giphy foi rival do Facebook em anúncios digitais fora do Reino Unido e tinha planos de se expandir para outros países.

Outra preocupação levantada foi a possibilidade de o Facebook fechar a biblioteca de GIFs para rivais como Apple, Twitter, TikTok, entre outros.
A rede social disse à Reuters em junho que tinha a intenção de integrar o Giphy com o Instagram, mas que interrompeu esse plano.
“Continuaremos a cooperar plenamente com a investigação do CMA”, disse um porta-voz do Facebook à Reuters.
“Esta fusão é boa para a concorrência e no interesse de todos no Reino Unido que usam GIPHY e nossos serviços – de desenvolvedores a provedores de serviços e criadores de conteúdo”, acrescentou a empresa.
O Giphy não respondeu imediatamente a um pedido de comentários da Reuters.
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