ONU: 2,9 bilhões de pessoas não têm acesso à internet

Mais de um terço da população mundial, ou seja, 2,9 bilhões de pessoas, não tem conexão com a internet, embora a pandemia tenha demonstrado a importância crucial da rede para continuar trabalhando ou estudando, de acordo com a ONU.

Cerca de 4,9 bilhões de pessoas estiveram conectadas à internet neste ano, segundo os dados coletados pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) e publicados nesta terça-feira (30). São 800 milhões de pessoas a mais em comparação com o número registrado antes da pandemia.

A luta contra a Covid-19 forçou o fechamento de muitas empresas e escolas, obrigando funcionários e alunos a usar a internet para trabalhar e estudar. Entretanto, o acesso permanece desigual. Aproximadamente 96% das pessoas excluídas do mundo virtual vivem em países em desenvolvimento.

Algumas centenas de milhões de pessoas que têm acesso à rede, todavia, compartilham dispositivos e/ou só têm baixa velocidade de conexão, o que limita drasticamente o que elas podem fazer na internet.

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“A ITU trabalhará para garantir que os blocos de construção estejam no lugar para conectar os 2,9 mil milhões restantes. Estamos determinados a garantir que ninguém seja deixado para trás”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.

O número de utilizadores a nível global cresceu 10% no primeiro ano da pandmeia de Covid-19, o maior aumento anual numa década. A ITU citou medidas como os confinamentos, encerramento de escolas e a necessidade de aceder a serviços como banco remoto, entre os factores mais influentes.

Mas o crescimento tem sido desigual. O acesso à internet costuma ser inacessível nos países mais pobres, quase três quartos das pessoas nunca estiveram online nos 46 países menos desenvolvidos.

Pessoas mais jovens, homens e moradores urbanos são mais propensos a utilizar a internet do que adultos mais velhos, mulheres e pessoas em áreas rurais, com a diferença de género mais pronunciada nas nações em desenvolvimento.

Pobreza, analfabetismo, acesso limitado à eletricidade e falta de habilidades digitais continuam a desafiar os “excluídos digitais”, acrescentou a UIT.

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Fonte: R7, Jornal Econômico.

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