Magalu anunciou programa de qualificação desenvolvido para mulheres

A Magazine Luiza (Magalu), anunciou seu primeiro programa de qualificação desenvolvido especificamente para mulheres vítimas de violência doméstica, ontem, no Dia Internacional da Mulher. Ele terá 10 mil bolsas de estudo integrais para um curso voltado a ferramentas de comércio eletrônico e marketing digital.

“Nosso objetivo é ajudar a qualificar principalmente aquelas mulheres que dependem financeiramente de seus parceiros ou ex-parceiros, porque a dependência econômica é um dos vínculos que as mantêm presas a seus agressores”, explica Ana Luiza Herzog, gerente de Reputação e Sustentabilidade do Magalu.

O programa de qualificação da varejista foi elaborado e será ministrado pela ComSchool, especializada em e-commerce. Ao todo, serão cinco módulos de aprendizagem.

A última fase do curso é dedicada ao empoderamento feminino com participação de Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza; Silvia Chakian, promotora de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo; e Maira Liguori, diretora da ONG Think Olga. O módulo discutirá os tipos de violência cometidos contra as mulheres, as leis que as protegem e a “economia do cuidado”, isto é, a valorização de trabalhos historicamente desempenhados por mulheres e não remunerados, como os cuidados com a casa, com crianças e idosos.

As bolsas serão destinadas às mulheres por meio de nove entidades que combatem a violência. As instituições parceiras são:

  • Cemur (Centro de Mulheres Urbanas e Rurais de Lagoa do Carro e Carpina, de Pernambuco);
  • Ammu (Associação de Moradores de Mutá, da Bahia);
  • Cami (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante, de São Paulo);
  • Associação de Arte e Cultura Negra Ará Dudu (Rio Grande do Sul);
  • Grupo Brasileiro de Promoção da Cidadania (Piauí);
  • Casa da Mulher do Nordeste (Pernambuco);
  • Sedup (Serviço de Educação Popular, da Paraíba);
  • Associação Tingui (Minas Gerais);
  • Grupo Mulheres do Brasil (São Paulo).

O Magalu também vai distribuir dois tablets a cada organização. Os equipamentos serão usados por mulheres que não têm acesso à internet.

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Outras iniciativas do Magalu para as mulheres

O Canal da Mulher, criado em 2017, já atendeu 750 funcionárias do Magazine Luiza vítimas de violência. Qualquer funcionário pode denunciar ou notificar casos de mulheres em situação de risco. A partir dos registros, psicólogas entram em contato com a vítima para entender o contexto do caso e oferecer ajuda adequada. De acordo com a gravidade do problema, as funcionárias recebem assistência psicológica, orientação jurídica e auxílio financeiro.

Há três anos, o Magalu incorporou ao seu superapp um botão de denúncias de violência contra a mulher. O botão permite acesso direto ao Ligue 180 e, via chat, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que recebe denúncias online. Em março de 2021, o botão passou a direcionar as denúncias também ao projeto Justiceiras, plataforma que oferece um serviço multidisciplinar de acolhimento e apoio às vítimas.

Em agosto de 2020, a empresa lançou o Fundo de Combate à Violência Contra a Mulher, com R$ 2,6 milhões para apoiar instituições dedicadas à causa. Os recursos foram destinados a 20 entidades selecionadas por meio de um edital, que recebeu 459 propostas de organizações. As entidades foram contempladas com valores entre R$ 100 mil e R$ 150 mil e receberam mentoria para aprimorar sua gestão.

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Fonte: O Globo, Canal Tech.

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