Galpão da Cinemateca guardava equipamentos e cópias únicas de filmes

O galpão da Cinemateca que pegou fogo na noite da última quinta-feira (29/7) tinha um grande acervo documental de filmes, publicidade e trailers, possivelmente únicos, além de equipamentos de cinema antigos, de acordo com funcionários e ex-colaboradores da Cinemateca Brasileira.

Em manifesto divulgado nesta sexta (30/7), os trabalhadores dizem que ainda não é possível saber o que foi perdido, mas que o material armazenado na Vila Leopoldina, “apesar de em menor número, possuía igual relevância e importância ao da Vila Clementino”, onde fica a sede da Cinemateca em São Paulo. A contabilidade do material perdido só será feita após perícia dos Bombeiros e da Polícia, e depois da análise de técnicos especializados.

Os bombeiros afirmaram que, “apesar do grande incêndio que atingiu o acervo da Cinemateca Brasileira, os agentes atuaram na contenção do incêndio, preservando grande parte do acervo e não tendo nenhuma vítima”. A corporação também disse que foram utilizados “equipamentos de alta tecnologia, como câmeras térmicas e equipamentos de proteção respiratória”, o que possibilitou a entrada e a localização exata dos focos para a otimização das nossas ações e preservação da maioria do acervo.

📷 | Folha

Os bombeiros receberam o chamado de incêndio no local por volta das 18h da quinta-feira, 29. Segundo divulgado pela equipe, o fogo começou depois de uma manutenção no sistema de refrigeração do local. Uma sala de arquivos e uma de filmes foram consumidas. O fogo foi controlado ainda de noite, e uma equipe permaneceu no local durante a madrugada fazendo o trabalho de rescaldo.

Desde o ano passado, especialistas já alertavam para o risco iminente de incêndio – tanto na sede principal, na Vila Clementino, quanto no galpão localizado na Vila Leopoldina. Em fevereiro de 2020, um alagamento danificou mais de 113 000 cópias de DVDs do acervo, devido à má conservação do local. “Estamos chocados, porque o governo havia dito que estava tomando todas as medidas de precaução. O estado do galpão era precário, não tinha vigilância constante ou uma brigada de incêndio a postos”, diz Roberto Gervitz, diretor de cinema e responsável pela coordenação de atos do movimento SOS Cinemateca.

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Fonte: Veja, Metropoles.

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