Funcionários da Ubisoft apoiam greve contra Activision Blizzard

“Nós acreditamos em vocês, estamos ao seu lado e os apoiamos”, escreveram os trabalhadores da Ubisoft, em relação à greve iniciada pelos funcionários da Activision Blizzard, nesta quarta-feira (28). Vale lembrar que, desde 2020, a desenvolvedora de Assassin’s Creed também é alvo de denúncias de abusos envolvendo o CEO, Yves Guillemot, o corpo de diretores e até pessoas do RH.

A carta demanda mudanças não só na cultura da Activision Blizzard, como também em toda a indústria de videogames. “Na semana passada, a indústria de jogos mais uma vez foi abalada por revelações que há muito tempo são conhecidas por muitos de nós. Revelações que, há um ano, muitos ouviam sobre a Ubisoft. Fica claro, devido à frequência desses relatos, que existe uma cultura difundida e enraizada de abuso dentro da indústria”.

Além disso, os funcionários da Ubisoft sugeriram a criação de um sindicato para os profissionais do mercado de games, liderado por pessoas afetadas pelos comportamentos abusivos. Assim, todos os trabalhadores do setor poderiam conhecer melhor seus direitos, principalmente na hora de exigir mudanças das empresas.

O anúncio do protesto foi feito a sites internacionais, que receberam uma carta de convocação feita pelos funcionários.

Dadas as declarações da semana passada da Activision Blizzard, Inc. e de seus consultores jurídicos sobre o processo DFEH, bem como a declaração interna subsequente de Frances Townsend e as muitas histórias compartilhadas por funcionários atuais e ex-funcionários da Activision Blizzard desde então, acreditamos que nossos valores como funcionários não estão sendo refletidos com precisão nas palavras e ações de nossa liderança.

Como funcionários da Activision Blizzard, estamos realizando uma paralisação para chamar a equipe de liderança executiva para trabalhar conosco nas seguintes demandas, a fim de melhorar as condições para os funcionários da empresa, especialmente mulheres, e em particular mulheres negras e transexuais, pessoas não-binárias e outros grupos marginalizados.

📷 Funcionários da Ubisoft apoiam greve contra Activision Blizzard | G1

1. Fim das cláusulas arbitrárias obrigatórias em todos os contratos de trabalho, atuais e futuros. As cláusulas de arbitragem protegem os abusadores e limitam a capacidade das vítimas de buscarem restituição.

2. A adoção de políticas de recrutamento, entrevistas, contratação e promoção destinadas a melhorar a representação entre os funcionários em todos os níveis, acordadas pelos funcionários em uma organização de Diversidade, Equidade e Inclusão em toda a empresa. As práticas atuais levaram as mulheres, em particular mulheres de cor e mulheres trans, pessoas não binárias e outros grupos marginalizados que são vulneráveis à discriminação de gênero, a não serem contratadas de forma justa para novos papéis em comparação com os homens.

3. Publicação de dados sobre remuneração relativa (incluindo concessões de capital e participação nos lucros), taxas de promoção e faixas salariais para funcionários de todos os gêneros e etnias na empresa. As práticas atuais fizeram com que os grupos mencionados não fossem pagos ou promovidos de forma justa.

4. Capacitar uma força-tarefa de Diversidade, Equidade e Inclusão em toda a empresa para contratar um terceiro para auditar a estrutura de relatórios da ABK, o departamento de RH e a equipe executiva. É imperativo identificar como os sistemas atuais não conseguiram evitar o assédio dos funcionários e propor novas soluções para resolver esses problemas.

O protesto deve ocorrer ao longo do dia. A situação não é exatamente nova: um caso similar ocorreu em 2019, quando funcionários da Riot Games planejaram uma paralisação após denúncias similares que a Blizzard recebe agora.

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Fonte: Terra, Tecnoblog.

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