Foto inédita de buraco negro no centro da Via Láctea é divulgada

Foto inédita de buraco negro no centro da Via Láctea é divulgada. A foto do Event Horizon Telescope (EHT) Collaboration, consórcio de observatórios astronômicos, divulgada nesta quinta-feira, 12, mostra a primeira imagem de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.

A fotografia é composta por uma média de diferentes imagens que a EHT Collaboration extraiu de observações feitas em 2017. O buraco negro é o segundo a ser fotografado.

EHT Collaboration é uma matriz que une oito observatórios existentes em todo o planeta para formar um único telescópio virtual do tamanho da Terra. Embora o evento em si não seja visível, uma vez que não emite luz, o gás brilhante orbitando ao redor do buraco negro revela uma região central escura, chamada de ‘sombra’, cercada por uma estrutura brilhante em forma de anel.

“Ficamos surpresos ao ver como o tamanho do anel que observamos está tão de acordo com as previsões da Teoria da Relatividade Geral de Einstein”, disse o cientista do Projeto EHT, Geoffrey Bower, do Instituto de Astronomia e Astrofísica da Academia Sínica, em Taipei.

“Estas observações sem precedentes aumentaram grandemente o nosso conhecimento do que acontece mesmo no centro da nossa Galáxia e nos dão novas pistas sobre como é que estes buracos negros gigantes interagem com o meio que os rodeia”.

📷 Foto inédita de buraco negro no centro da Via Láctea é divulgada | Diário de Canoas

Os resultados da equipe do EHT estão sendo publicados hoje na revista científica The Astrophysical Journal Letters. O grupo de mais de 350 pesquisadores apresentou a descoberta em coletivas de imprensa realizadas simultaneamente nos Estados Unidos, Chile, Alemanha, México, Japão, China e Taiwan.

Os observatórios do Event Horizon, que estão distribuídos em 8 locais diferentes da Terra, são operados em conjunto. ‘A astronomia une e mostra que conseguimos funcionar em conjunto’, disse o astrônomo português Hugo Messias, do Observatório ALMA.

Essa característica é fundamental para que o projeto funcione, pois seus radiotelescópios, que estão instalados em lugares desde o Havaí até a Antártica, quando operados de forma simultânea aumentam o campo de visão do conjunto e, consequentemente, a resolução das imagens captadas.

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Fonte: Terra, G1.

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