Costume de escrever palavras como ‘todxs’ podem atrapalhar a inclusão, em vez de contribuir

O uso de palavras escritas de uma maneira diferente tem sido recorrente nas redes sociais. O que parecia uma simples brincadeira ou um modo diferenciado de usar as redes, acabou se transformando em ativo a fim de contribuir com a inclusão.

Ultimamente, vem aumentando o uso de palavras como ‘todxs’ e ‘amig@s’, essas formas de escritas, podem não estão graficamente corretas, mas para algumas pessoas, o mais certo está sendo escrever dessas maneiras.

Muitos internautas estão defendendo essas escritas como neutralizadoras de gênero, a fim de “todos”, por exemplo, ser entendido como “todos e todas”, pois para alguns críticos, podem estar apenas se referindo apenas no masculino.

O que talvez não esperavam, mesmo que não fosse de maneira proposital, essa inclusão acaba não funcionando corretamente. Uma jornalista cujo perfil é @eu_giselle se queixou em seu Twitter sobre essa forma de escrita. “Essa linguagem neutra, que muitos dizem ser inclusiva, é tudo, menos inclusiva. É extremamente cruel com a pessoa que tem deficiência visual”, afirma.

📷 Scanner de acessibilidade | APKPure

Existem vários programas que auxiliam o deficiente visual a ter acesso às notícias ou a tudo o que ele tem direito, os softwares leitores de tela, buscam ler o que está escrito e o usuário então ouve tudo o que tem ali.

Aplicativos como NVDA, o Virtual Vision e o próprio Google Talk Back têm muita dificuldade em ler essa palavras, emitem sons confusos nos lugares delas e atrapalham os usuários.

Existem muitos outros adeptos a essa tecnologia que passam pela mesma dificuldade de Giselle, há ainda quem diz que não só essas dificultam a leitura dos softwares, mas abreviações também como td (tudo) e blz (beleza).

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É claro que esses programas de leitura estão em constante estudos e desenvolvimentos para se adaptarem a esses costumes, mas encontram uma enorme dificuldades, pois na realidade, para uma boa leitura, os apps precisam estar bem programados e considerando as normas da língua portuguesa escrita, o que difere de tais palavras.

📷 Jornalista reclama do assunto em sua rede social | Reprodução – Twitter

Outro ponto interessante nesse assunto, é que softwares de tradução, que acabam fazendo a mesma coisa que os de leitura, eles reescrevem o que existe naquela página em outra língua, assim eles encaram esta mesma dificuldade e não conseguem traduzir essas escritas.

Vendo isso, falando em inclusão de verdade, vale lembrar então que cabe a nós, ao publicar, considerar uma escrita correta que realmente irá alcançar a todos.

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Fonte: G1

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