Brasileiros enfrentam até 4 horas de fila para abastecer na Argentina

Brasileiros enfrentam até 4 horas de fila para abastecer na Argentina, em Foz do Iguaçu, cidade do Paraná localizada na Tríplice Fronteira, motoristas cruzam a fronteira argentina para economizar. Logo após a Petrobras anunciar o mega-aumento dos combustíveis, que entrará em vigor à meia-noite desta sexta-feira (11), postos de Curitiba registraram longas filas de carros.

Morador de Foz, o funcionário público Carlos Mendes, 50, roda 24 quilômetros entre ida e volta até o posto de gasolina mais próximo em território argentino, localizado em Puerto Iguazu, para encher o tanque do carro e da moto.

Ele costuma pagar o equivalente a R$ 3,10 a R$ 3,20 pelo combustível, cerca da metade do preço que ele gastaria no Brasil. Com o novo reajuste, ele calcula que a economia vai ser ainda maior.

Apesar da vantagem econômica, abastecer na Argentina é uma operação demorada, já que Puerto Iguazú recebe cada vez mais muitos brasileiros. A fila para cruzar a aduana pode chegar a três quilômetros, equivalentes a uma hora de espera; já o engarrafamento no posto costuma chegar a até quatro horas.

“Se [a gasolina] superar os R$ 7, não tem por onde correr. A busca pelo combustível mais barato gera longas filas, mesmo assim ainda vale a pena. Não sei qual é a mágica que o governo argentino faz para ter a gasolina tão barata”, diz Mendes que cruza a fronteira em média a cada 25 dias.

Já em Cidade de Leste, do lado paraguaio da Tríplice Fronteira, as filas de carros são menores, mas a economia também é reduzida. Mesmo assim, o preço do litro de gasolina é 30% a 40% mais barato do que no Brasil.

Conforme nota divulgada pela companhia, a alta da gasolina nas refinarias será de 18,8% e, no caso do diesel, de 24,9%.

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Com isso, a partir desta sexta, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.

Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

O aumento é ainda maior no começo dos consumidores finais, nas bombas dos postos, pois o preço depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Por meio de nota, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro) mencionou o impacto no bolso da população.

“Este é um aumento que terá grande impacto para consumidores, o mercado e a economia em geral. Desde o final de semana algumas distribuidoras já começaram a aumentar os preços de venda para os postos, antes de qualquer anúncio oficial de elevação na Petrobras, alegando uma maior entrada de combustíveis importados no mercado”, cita o documento.

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Fonte: Yahoo, G1.

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