Brasil bate recorde de pedidos de demissão em 12 meses

Brasil bate recorde de pedidos de demissão em 12 meses, 6,175 milhões no total, e em meio ao desemprego alto e à dificuldade dos trabalhadores de voltar ao mercado de trabalho.

Já no mês de maio, foram 572.364 demissões voluntárias – o número só é menor que o registrado em março (603.136). Nessa base de comparação, os pedidos de demissão equivalem a 36% do total de maio (1.683.942). Comparando o mês de maio de 2021 com o deste ano, o aumento no pedido de demissões foi de 52%.

Tanto no acumulado de 12 meses quanto em maio, São Paulo se manteve no topo dos estados com maior número de pedidos de demissão. Todas as unidades da Federação tiveram o maior número de pedidos de demissão desde janeiro de 2020, tanto no mês de maio como no acumulado de 12 meses.

Levantamento da LCA Consultores mostra que o país registrou 6,175 milhões de pedidos de demissão nos últimos 12 meses até maio. Trata-se de um recorde, em meio ao desemprego alto e à dificuldade dos trabalhadores de voltar ao mercado de trabalho. Esse número equivale a 33% do total de desligamentos de trabalhadores no período (18,694 milhões). Ou seja, 1 de cada 3 desligamentos foram voluntários (a pedido do trabalhador).

📷 Brasil bate recorde de pedidos de demissão em 12 meses | IMAP

A pesquisa leva em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que contabiliza as vagas com carteira assinada no país. O recorde leva em conta o período a partir de janeiro de 2020, início da série histórica do Caged com a metodologia atual de contagem de vagas.

De acordo com Bruno Imaizumi, responsável pela pesquisa, os números mostram um movimento de continuidade de normalização do mercado de trabalho. O economista complementa que muitas empresas estão voltando para o trabalho presencial. Com isso, para os trabalhadores que viram que essa modalidade não é benéfica em termos de qualidade de vida, essa volta ao ambiente de trabalho acaba pesando na escolha do profissional, que prefere trabalhar de casa em vez de pegar trânsito todos os dias, por exemplo.“Isso para empregos específicos, mais voltados para o setor de serviços em que seja possível trabalhar de casa”, ressalta.

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Fonte: Money Reports, G1.

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