As mentiras que podem acabar em demissão por justa causa
As mentiras no mercado de trabalho que podem acabar em demissão por justa causa, e existe diversos riscos ao inventar uma história.
Quem nunca teve vontade de se apresentar para uma vaga de emprego mesmo sem possuir todas as habilidades exigidas? Ou, mais: de “enriquecer” as competências no currículo para parecer o melhor candidato para uma função?
O desejo, compreensível, pode acabar mal. Isso porque mentir no currículo é causa suficiente para justificar a demissão por justa causa, caso a pessoa tenha sido contratada. E, dependendo da mentira, a empresa pode, inclusive, encaminhar uma ação penal.
Segundo advogados trabalhistas, normalmente, as ‘inverdades’ que levam à justa causa estão relacionadas a alegações falsas de doenças, informações enganosas para conseguir o emprego ou benefícios e até mortes inventadas de parentes para ‘matar’ o trabalho.
Contestações na Justiça
As demissões por justa causa por causa de mentiras geralmente se dão por ato de improbidade, mau procedimento ou desídia, ou seja, situações que envolvem fraude, desonestidade, quebra da confiança e negligência. Os empregadores, no entanto, precisam reunir o máximo de provas possível para embasar a decisão e não perder possíveis contestações na Justiça.
Mas, dependendo da situação, o empregador pode demitir o funcionário sem ser necessariamente por justa causa.
“O contrato de trabalho é baseado na confiança mútua. Quando o empregado mente, quebrando essa confiança, impedindo a continuidade do contrato, está configurado o ato de improbidade (desonestidade e deslealdade) que autoriza a dispensa por justa causa. Não é qualquer mentira ou ato faltoso que geram justa causa. Tem que ser algo grave, que abale a confiança e impeça a continuidade da prestação de serviços”, ressalta Eduardo Pragmácio Filho, sócio do Furtado Pragmácio Advogados.

📷 As mentiras que podem acabar em demissão por justa causa | Cavallaro e Michelman
Veja alguns exemplos:
Funcionário apresenta atestado médico falso ou rasurado para justificar faltas ou atrasos: Justa causa
Funcionário afastado por doença viaja com a família e se mostra bem de saúde: Sem justa causa
Profissional que exerce atividades em outra área e é remunerado por isso durante licença médica: Sem justa causa
Funcionário mente que está doente para não trabalhar: Justa causa
Funcionário mente que familiar morreu para ganhar dias de folga: Justa causa
Funcionário mente que trabalhou, mas naquele dia ou período estava ausente: Justa causa
Profissional mente que usa transporte público para receber vale-transporte: Justa causa
Funcionário finge que trabalha, prejudicando os demais colegas: Sem justa causa
Funcionário faz outras atividades no home office no horário de expediente em vez de trabalhar: Sem justa causa
Funcionário joga a culpa no colega para justificar falhas na execução das atividades: Sem justa causa
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Fonte: Gazeta do Povo, G1.
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