Aeroporto de Congonhas ganhou novo sistema de segurança

Na capital paulista, o Aeroporto de Congonhas, ganhou um novo sistema de segurança para impedir que aviões ultrapassem o limite da pista. É uma área de escape, como uma caixa de brita, de 70 metros de comprimento por 45 de largura em uma das cabeceiras, que chama a atenção de quem passa pela Avenida dos Bandeirantes.

A tecnologia Engineered Material Arresting System (EMAS) consiste na instalação de blocos de concreto que se deformam e freiam o avião caso, em situação de emergência, a aeronave saia do limite da pista. Congonhas é o primeiro aeroporto da América Latina a contar com a tecnologia, comum em Estados Unidos, Europa e Ásia.

A obra ocorre em meio ao aumento da demanda por voos em Congonhas. A Gol, por exemplo, desde o dia 27 ampliou em aproximadamente 40% a sua presença no aeroporto, com até 100 decolagens diárias. A Azul apresentou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) interesse em aumentar a sua participação no terminal.

De acordo com a Infraero, Congonhas tem atualmente capacidade para até 41 slots por hora (pousos e decolagens), sendo 33 para aviação comercial e 8 para aviação geral. Além do novo sistema de segurança, foram realizadas outras obras de infraestrutura em Congonhas para permitir a operação internacional da aviação geral executiva, suspensa desde a década de 1980.

📷 Aeroporto de Congonhas ganhou novo sistema de segurança | Wikipedia

A instalação da área de escape com a tecnologia EMAS na outra extremidade da pista do aeroporto deve ocorrer no fim de maio, diz Bruno Velloso, superintendente de Engenharia da Infraero. O valor total investido para as duas cabeceiras foi de R$ 122,5 milhões de recursos públicos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

“O Emas é comum em aeroportos dos Estados Unidos, Ásia e Europa, mas Congonhas é o primeiro do país e da América Latina a contar com essa tecnologia que salva vidas e reduz danos, caso ocorra um acidente. Este é um investimento na segurança dos usuários e profissionais do transporte aéreo, e servirá de modelo a ser aplicado em outros aeroportos do Brasil”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Em 2016, uma aeronave que estava transportando o ex-Vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deslizou para fora da pista no aeroporto LaGuardia, em Nova York. Felizmente, o local tinha um sistema semelhante ao que foi instalado em Congonhas e ninguém ficou ferido.

O sistema entregue fica na cabeceira da pista 17R e possui uma área de escape de 72m x 47,4m de dimensão. Ainda serão concluídas as obras na cabeceira 35L, que terá área de escape de 64m x 47,4m. Ambas as estruturas são sustentadas por vigas e pilares capazes de suportar aeronaves e veículos usados na rotina do aeroporto.

Foram investidos ao todo R$ 122,5 milhões de recursos públicos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para implantar o sistema.

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Fonte: Uol, Melhores Destinos.

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