RJ bate recorde de transplantes: foram 304 doações em 2019

O RJ bateu recorde de transplantes: foram 304 doações em 2019. De acordo com o Programa Estadual de Transplante (PET), até então a melhor marca havia sido registrada em 2015, com 303 órgãos captados. O recorde foi alcançado nesta quarta-feira (25), durante o Natal.

Além disso, dezembro também é o mês que mais registrou procedimentos na história do programa, com 35 doações.

O Rio já esteve entre as piores posições de transplantes do ranking nacional – a meta da atual administração é fazer com que o estado esteja entre os quatro maiores do brasil em 2020.

Além disso, a expectativa é zerar a fila de transplante de córnea até 2022, com o investimento anual de R$ 25 milhões. O aporte vai contribuir para capacitação de mais profissionais, ampliação do número de organizações de procura de órgãos no estado e maior integração entre as diferentes redes, entre outras medidas.

“Essa marca de 304 doações é muito expressiva. Agora a meta é zerar a fila de transplante de córnea e manter baixo o tempo de espera na fila”, afirmou o coordenador do PET, Gabriel Teixeira.

📷 Médicos realizando transplante | G1

PET

Criado em 2010, o PET já realizou mais de 15 mil procedimentos. O programa faz transplantes e captação de coração, fígado, rim, medula óssea, osso, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular).

O que é necessário para ser um doador?

É preciso avisar à sua família sobre seu desejo solidário de se tornar um doador após a morte. Não é necessário deixar a vontade expressa em documentos ou cartórios, basta que a família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos.

Posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?

Sim. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é regulamentado por uma Resolução do Conselho Federal de Medicina, que determina serem necessários dois exames clínicos realizados por médicos diferentes e um exame complementar (gráfico, metabólico ou de imagem).

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador falecido?

Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.

Quais são os tipos de doador?

Existem dois tipos: os vivos e os falecidos. Doador vivo é qualquer pessoa saudável e capaz, nos termos da lei, que concorde com a doação e que esteja apta a realizá-la sem prejudicar sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado ou dos pulmões e medula óssea.

Doador falecido é qualquer pessoa identificada cuja morte encefálica ou parada cardíaca tenham sido comprovadas e cuja família autorize a doação.

O doador falecido por morte encefálica pode doar fígado, rins, pulmões, pâncreas, coração, intestino delgado e tecidos. O doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos: córneas, pele, ossos, tendões, vasos sanguíneos etc.

Para quem vãos os órgãos?

Os órgãos doados vãos para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista de espera unificada e informatizada, em uma mesma base de dados.

Cabe à Central Estadual de Transplantes gerar a lista de receptores compatíveis com o doador em questão. Se não existirem receptores compatíveis ou o estado não realizar a modalidade de transplante referente ao órgão doado, o órgão é ofertado à Central Nacional de Transplantes para a distribuição nacional.

A posição na lista de espera é definida por critérios técnicos de compatibilidade entre doador e receptor (tais como a compatibilidade sanguínea, antropométrica, gravidade do quadro e tempo de espera em lista do receptor). Para alguns tipos de transplantes é exigida, ainda, a compatibilidade genética.

Após a doação, o corpo do doador fica deformado?

Não. Após a retirada dos órgãos, é feita a recomposição do corpo e o doador poderá ser velado normalmente.

Fonte: G1

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